segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Dr. Maurice - Grupo de Divertículos - Seus Perigos e Inflamações

Grupo de Divertículos - Seus Perigos e Inflamações

Hoje, meus filhos, vamos falar de divertículos que são protuberâncias semelhantes a uma bolsa que sai do interior de um órgão, que podem aparecer no aparelho gastrointestinal, no esôfago, na faringe ou mesmo na bexiga. Existem divertículos congênitos e os adquiridos posteriormente. Alguns são chamados de verdadeiros, outros, de pseudodivertículos. Nos primeiros, apresentam todas as paredes dos órgãos ocos, enquanto nos segundos são formados somente nas paredes mais internas desse órgão, que perfura a parede externa.  No intestino, por exemplo, na parede intestinal existe a camada mucosa, submucosa, muscular e serosa (que é uma membrana que cobre a parede externa). Uma bolsa formada na parede submucosa seria, então, um pseudodivertículo, ou como atualmente se lhe denomina divertículo submucoso.

Vamos dissertar mais sobre os divertículos do duodeno, de jejuno, de íleo e do cólon.

Calcula-se que 3% da população é afetada por divertículos duodenais. Alguns são adquiridos onde observamos grande número de pessoas portadoras desses divertículos duodenais, após os 50 anos. Outros são congênitos, surgidos da presença de ilhotas de tecido pancreático no duodeno. Nas pessoas idosas, eles surgem porque a parede intestinal enfraquece, de maneira que uma camada de tecido conjuntivo pode sofrer protusão através da mucosa.

Geralmente, o local do aparecimento desses divertículos é a curva interna do duodeno, próximo das aberturas dos ductos biliar e pancreático.

Os divertículos duodenais não costumam apresentar grandes problemas. Somente as pessoas se queixam de sensação de peso, fadiga, estufamento do abdomen superior principalmente após ingerir alimentos. Às vezes, provocam nauseas, vômitos e, dificilmente, diarréia.

A cirurgia somente se torna necessária quando eles se desenvolvem ou se inflamam(devido à presença de resíduos alimentares), exercendo pressão nos órgãos vizinhos. Essa inflamação pode afetar sobremaneira os ductos biliares e o pâncreas.

No jejuno e no íleo, às vezes, nos defrontamos com divertículos disseminados sem grandes complicações. São divertículos localizados ao lado do mesentério. Mesentério é a camada peritonial que sustenta o intestino delgado.  Eles podem se desenvolver bastante, sendo denominados, então, de hérnias mucosas. Mas, mesmo dilatados, eles não impedem a passagem do coteúdo intestinal.  Poucas ou nenhuma queixa eles proporcional, pois dificilmente surge inflamação nesse local.

Todavia, existe io divertículo de Meckel, que pode dar origem a diversas complicações, pois ele é congênito e envolve todas as camadas das paredes intestinais. Localiza-se entre 25 cm e 1 m antes da extremidade do íleo junto ao bordo contrário da inserção do mesentério; seu comprimento usual é de 10 cm. Apresenta-se de diversas formas: saliência com dobras mesentéricas, da forma de um cordão de extremidade sobrada ou globular, ou ainda dirigindo-se ao umbigo como um cordão ou tubo.

O divertículo de Meckel é congênito, uma má formação rara caracterizada pela obliteração incompleta do canal onfalomesentérico que, no feto, compreende desde a área do umbigo até o canal intestinal. A complicação desse divertículo é a ulceração com perda de sangue.

Cólon: - os divertículos do cólon são mais frequentes do que os do íleo, e a maioria deles se encontram no cólon sigmóide. Geralmente, são pseudodivertículos, ao de costume aparecendo em pessoas sedentárias, quase sempre obesas e  que apresentam constipação intestitnal crônica. Os divertículos aparecem,inicialmente, nas áreas por onde os vasos sanguíneos penetram na túnica muscular dos intestinos; acredita-se que a congestão e a consequente dilatação que ocorrem nas artérias podem contribuir para essas saliências.

Os divertículos do cólon podem ter graves consequências.  Tendo apenas uma estreita ligação com o canal intestinal, o conteúdo intestinal estagnado pode provocar inflamação denominada diverticulite, acompanhada de secreção purulenta.  Sequelas posteriores são coagulações sanguíneas inflamadas, tumores hepáticos purulentos e peritonite. Uma diverticulite demorada pode formar abcessos.  Se ocorrer simultaneamente com outros divertículos, ou seja, com todo um grupo, há perigo de toda a área se converter em uma bainha de tecido conjuntivo, vindo causar retração com estenose.

O tratamento é efetuado por meio de dietas e regularização de evacuações.  Prisão de ventre deve ser evitada.

Aconselhamos aos pacientes, portadoras de divertículos, evitarem alimentos por demais condimentados, conservas em geral (até mesmo molhos, pois possuem conservantes que inflamam os divertículos), carne de porco, linguiças, salsichas, verduras putrefatas que proporcionam gases e pioram sensivelmente o estado dos divertículos.

Se os portadores de divertículos possuirem mediunidade, aconselhamos que frequentem assiduamente a um núcleo, pois os divertículos são pontos preferidos de entidades trevosas, que colocam ali fuídos deletéricos, com a finalidade de agravar-lhes a situação.

No caso dos divertículos, os fluídos são acumulados nos mesmos, atraíndo resíduos alimentares que podem provocar até mesmo uma inflamação.

Filhos queridos, permitai-me vos chamar dessa forma, pois vos considero como tal, espero que esta dissertação, oriunda de parcos conhecimentos, venha orientar-vos.
Que Deus vos proteja.


                                                                  Maurice.

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