sexta-feira, 31 de agosto de 2012


André Luiz – A Inveja

 

A inveja somente é adotada por almas incompetentes.

 

Procures não te ater nas teias viscosas da inveja. Ao invés de invejar, trabalhes, a fim de conseguires as mesmas metas do irmão invejado, não olvidando jamais que o sol nasce para todos.

 

Muitos dizem: sou espírita e creio nos ensinamentos propagados pelo Nosso Mestre Jesus. Todavia, poucos podem dizer: estou transformado, porque a inveja permeia em seus corações.

 

Muitos ouvem a palavra de Cristo, mas muito poucos são os que executam Suas Lições. Não se trata de registrar meros vocábulos, mas pôr em execução os exemplos do Mestre dos Mestres, evidenciando-se que Ele nunca deixou-se arrastar pelas veredas da inveja.

 

Deves trabalhar com o material que te foi confiado, não invejando o material de teu companheiro, convicto sempre que cada um recebe o que merece.

 

Trabalhas sempre, com o pensamento voltado para Jesus, reconhecendo que a inveja nunca foi atributo de almas abnegadas e valorosas.

 

A inveja não é dote de espíritos que almejam a ascensão.

 

Invejar um dote mediúnico é pobreza da alma, pois estás ciente que quanto maiores forem os dotes mediúnicos, maiores também são os seus débitos. Raríssimos são os médiuns que na Terra optaram com mediunidade atribuída como missão.

 

Os templos terrestres estão repletos de almas paralíticas, que se atrofiaram por causa da inveja.

 

Permitas que o sol do amor ilumine tua alma, afastando de ti as sombras da inveja.

 

Cultues o evangelho, afastando de ti a peçonhenta inveja que impede a tua ascensão espiritual, e atrai as trevas. Ele é o sol da imortalidade, que reflete a Sabedoria de Nosso Mestre Jesus, e aprenderás, alma querida, que a inveja é o mal que flagela a humanidade, impedindo a sua evolução.

 

André Luiz

 
Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 06/06/1990.

terça-feira, 28 de agosto de 2012


André Luiz – Retribuas

 

Quando palavras ferinas torturar-te a mente, movida pela ignorância de quem as profere, retribuas esta ignorância de espírito com a instrução elevada do perdão.

 

Se alguém quer te enredar nas veias viscosas da lisonja, que é o veneno doce que culmina com o orgulho desenfreado, retribuas docemente com a humildade latente.

 

Se alguém quiser que caia sobre ti interminavelmente a garoa gelada da indiferença, retribuas com o calor benéfico do amor.

 

Quando te ferirem mortalmente com a calúnia, ao invés de te deixares avassalar pelo verme do melindre, retribuas com o calor tépido da benevolência, crente que a pessoa que age desta forma é doente mental, necessita de muitos cuidados e paciência.

 

Quando fores atingido pela pedrada do sarcasmo, ou mesmo ferido pelo espinho da injúria, retribuas não com respostas verbais, que se perdem em contendas inúteis, mas com exemplos impregnados de amor e caridade, com a fé sincera de que os exemplos renovam o mais empertigado coração.

 

Fujas do veneno mortal da mágoa, que é uma intoxicação mental que paralisa a evolução espiritual. Olvidas os ressentimentos, retribuindo com o amor e o perdão.

 

Quando fores assediado pela doença que combale teu corpo, retribuas pelo trabalho daqueles que te assessoram com o bálsamo que alivia todas as dores, que é o bálsamo da resignação, buscando forças no elixir benéfico da oração. A resignação anula o impacto do sofrimento, e a oração fortifica todo e qualquer doente.

 

Se quiseres galgar a escada que te levará a ascensão espiritual, carrega a tua cruz seguindo o Mestre Jesus. Lembrando que: Ele foi sempre golpeado com palavras ferinas, envolto muitas vezes por lisonjas, tratado com indiferença e, muitas vezes, caluniado, tratado com sarcasmo e injúria pelos guardas que o aprisionaram. Todavia, nunca deixou que a mágoa avassalasse seu ser. E quando assediado por alguma dor, entregava-se à oração. Ele é o espelho onde deveremos refletir a nossa imagem, o exemplo dignificante de amor e perdão.

 

André Luiz

 

Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 17/07/1990.

Damião – Liberdade sem Sangue

 

O princípio e o fim sempre estão entrelaçados

E por algemas fortemente ligados;

Tiradentes a ideia de independência a iniciou,

E D. Pedro I, finalmente, a concretizou.

 

D. Pedro I foi um herói com altivo olhar sereno,

Que desembainhou a espada, erguendo-a como num aceno.

Que enfrentou tudo, até mesmo a incerteza

De se defrontar com canhões em luta acesa.

 

D. Pedro I, o Brasil te rende um preito de glória

Pelo que efetuaste em nossa história,

Fazendo nascer, como por encanto, um novo império,

Que se ergueu potente em todo o hemisfério.

 

Tua liberdade não veio, Brasil, empunhando sanguinolento gládio,

Mas sim, com paz, apontando glorioso estádio

De um porvir sereno e brilhante,

Onde serás o ameno e bom gigante

Celeiro deste mundo velho,

Como consta no Evangelho.

 

 

 

Damião

 

Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 07/09/1993.

Damião – Pai Querido

 

Pai sofri o rigor de iníqua sorte

Quando foste arrancado do trono, perdendo o titulo de Majestade

Do Brasil, que te julgou sem piedade,

Deixando teus filhos imersos na dor,aspirando até mesmo à morte.

 

No entanto, meu destino era servir o Brasil,

Pátria jovem e varonil,

De ter uma filha, de forte ideal,

Em dar um fim a escravatura, missão para ela fundamental.

 

Assim mesmo, quantas vezes a dor assolou meu peito, fazendo lágrimas rolarem em meu rosto sem jeito,

Sempre às escondidas, pois um Imperador teria de ter uma alma forte,

Que o acompanharia até a morte.

 

Minhas lagrimas eram oriundas pela tua falta, pai querido,

E pela mãe emprestada, que me considerava como filho, como amigo.

Em minha inocência de verdes anos,

Achava que podias retornar ao teu trono soberano.

 

Todavia, com o passar dos tempos,

Consegui compreender tua situação a contento:

Imaginava-te como herói nos campos de batalha,

Sem avaliar as privações porque passavas.

 

E quando a criadagem comentava que eras um doidivanas, um insano

Eu, irado, mandava que se respeitasse o soberano.

Quando eu soube que estavas doente,

Revoltei-me triste, descontente,

Querendo ir ao teu lado, amado,

No entanto, tive que permanecer no Brasil um tanto amuado.

 

Para mim, eras e és o herói adorado,

Cuja presença queria ter sempre ao meu lado.

Vibrei quando conseguiste destronar meu tio, que não conheci,

Desejando estar ao teu lado, junto de ti.

 

Não compreendi porque renunciaste ao trono em prol de minha irmã;

Depois, entendi que pensavas no dia de amanhã.

Porque te sentias doente e alquebrado,

Querendo viver um pouco com minha segunda mãezinha ao teu lado.

 

Quando desencarnaste, então,

Quanta dor refulgiu em meu coração;

Por não poder te ver e despedir-me de ti,pai amado,

Tampouco chorar, estando ao teu lado.

 

Mas, tudo passou, pai querido,

E, agora, te encontrei e te amo tanto, como no passado amigo.

E, no dia dos pais, além de te homenagear,

Poderei um pouco ao teu lado estar.

 

Que nesse dia a ti dedicado,

É o meu desejo que a felicidade paire ao teu lado,

Apesar da dor e da desilusão

Que poderão afligir teu pobre coração.

Que nesse dia, a paz de Jesus

Reine em teu lar, emoldurando-o de luz.

 

 

Damião

 

Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 30/07/1993.

Damião – Brado da Liberdade: romperam-se as correntes

 

No dia de hoje, há 171 anos atrás,

Houve um imperador tenaz e audaz,

Que contrariou o decreto da pátria onde nasceu,

Dando liberdade ao Brasil em todo o seu apogeu.

E foi numa colina imortal, sacrossanta,

Onde, até hoje, tantos sonhos acalanta,

Que ficou livre do cativeiro atroz e mesquinho,

Que impedia que se projetasse em seu caminho.

 

Ecoa, ainda hoje, nessa colina vicejante

O bramido alto, digno de um gigante,

Que contra a tirania se levanta

Dando liberdade a essa terra pura e santa,

Que, um dia ainda, será o celeiro do mundo

Próspero, belo e fecundo,

Que necessitava da liberdade, da aurora prazenteira

A iluminar toda essa terra brasileira.

 

Foi no Ipiranga, nos viços de um outeiro,

Que ficava as margens de um plácido ribeiro,

À luz de um sol que purpúrea os montes,

Iluminando serenos horizontes

Por onde sussurra levemente a brisa,

Nos campos que de flores se matiza,

Que ecoou o brado da independência,

Que se fazia premente, com urgência.

 

O eco retumbou do Sul ao Norte

Ressoando “Independência ou Morte”.

E a escravidão das algemas se desata,

Tornando-se livre como os pássaros de tuas matas,

Devendo tudo isso a um intrépido imperador,

Que renunciou sua própria pátria, com destemor

A fim de dar a liberdade ao Brasil,

Tornando-o mais forte e varonil.

 

Ainda perguntam: de que valeu esse heroico ato

Se o Brasil se encontra imerso em desagravo, em desacato?

Duvidando até que o mesmo se torne o celeiro do mundo,

Forte, promissor e fecundo.

Esquecendo-se de que o Brasil também tem um carma a saldar,

Para somente então tornar-se em pátria almejada e exemplar.

 

Não heroico povo brasileiro,

Não deveis vos entregar ao desanimo traiçoeiro

Nem pensar se seria melhor o cativeiro,

Pois tendes Jesus como Timoneiro

A vos guiar no mar da paz do mundo inteiro,

Encaminhando-vos para um porto seguro, soberano,

Junto a seus anjos e arcanjos

Para que sejais um dia um pródigo celeiro.

 

Não vos esqueçais que em vosso céu azul

Brilha a insígnia de Cristo, o Cruzeiro do Sul,

Para lembrar a todo brasileiro,

Povo forte, varonil e altaneiro,

Que a cruz é o símbolo também da dor

Daquele que somente espargiu a caridade e o amor.

E que o sofrimento da nação

Faz parte de sua própria ascensão.

 

Vamos nos lembrar de D. Pedro I, valoroso imperador,

Que renegou sua própria pátria, devido a um imenso amor

Dedicado ao Brasil esplendoroso,

Pátria do evangelho misericordioso.

Vamos orar, vigiando os atos e pensamentos,

Para haver um futuro melhor, esperado a todo o momento.

Mas, que esta oração seja delicada, fina,

Seja o engaste, a coroa, a pedra diamantina,

Que afaste as nuvens negras da Terra, descerrando pesada cortina.

Vamos orar, suplicando a Jesus,

Que envolva a Terra com Sua Imensa Luz.

 

 

Damião

 

Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 7/09/1993.

Damião – Isabel, a Pomba da Esperança

 

Isabel foste uma pomba de esperança sobre um mar de escolhas

Para os negros, que somente tinha diante dos olhos

O látego da chibata inclemente

A dilacerar os dorsos nus, dolorosamente.

 

Com tua política serena e calma

Fostes aos poucos libertando muitas almas

Com as Leis do Ventre Livre e dos Sexagenários

Para totalmente tornar os negros livres em seus itinerários.

 

Foste a estrela vésper para o negro errante

Aspirando, para os mesmos, um futuro brilhante.

No entanto, não houve tempo de o executar,

Pois a queda da monarquia não se fez esperar.

 

Todavia, tiraste o estigma que passava sobre esta terra

Que, sob os suplícios de Jesus, Suas Leis encerram.

E, para que imperasse novamente a luz,

Era necessário que os homens fossem livres, aspirando ao caminho que conduz

Ao doce regaço de Jesus.

 

Damião

 

Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 30/04/1993.

Damião – Isabel, Novamente Retornarás

 

Quem eras tu, que envergonhavas

Até mesmo o belo esplendor de nossas matas?

Quem eras tu que envergonhavas todo bom brasileiro

Que, às vezes, não podia mesmo repousar tranquilo em seu próprio travesseiro?

 

O teu nome era cativeiro

Que aprisionavas homens de cor, de modo zombeteiro,

Garganhando do Evangelho apregoado por Jesus,

Fazendo pouco dos ensinamentos que para o bem conduz.

 

Zombava das negras, cujos filhos eram vendidos, e do regaço arrancados,

Zombava do negro forte, sacudido,

Preso no pelourinho e pelas chibatas afligidos.

 

Zombava quando a fome os atacava de tropel, de repente,

Tendo somente um pouco de feijão e farinha para aplacar a fome dessa gente,

Quando, atraída pelo aroma, roubava um petisco gostoso

E era espancada de modo calamitoso.

 

No entanto, houve uma alma nobre

Que quis te exterminar até a morte,

E baniu de vez a escravatura

Que, para os negros, era verdadeira tortura.

 

A Princesa Isabel, Redentora, assinou a libertação da escravatura

Com amor e desenvoltura,

Pondo fim aquele triste cativeiro

Que agia de modo zombeteiro.

Trouxe para o negro a liberdade

A que fazia jus com toda prioridade,

Pois assim queria Deus

Ver livre a todos os filhos Seus.

 

Isabel sabia que a libertação provocaria queda da monarquia,

Mas não titubeou nem se arrependeu em nenhum dia,

Pois preferia perder o trono

E dar aos negros um futuro ameno, risonho,

Livrando o Brasil da triste vergonha, que empanava toda a glória.

E que maculava sua história.

 

À Isabel, rendamos um pleito de glória

Pelo seu feito na história,

Por dar a libertação aos nossos negros irmãos

Com carinho e amor em seu coração.

Que o Alto a nimbe de luz

Advinda de Jesus,

Impelindo-a cada vez mais à ascensão

Que almeja seu pobre coração.

E quando, novamente, reencarnar,

Quando para o Brasil retornar,

Que consiga completar sua missão,

Que pediu insistentemente, com devoção,

Que consigas, alma querida,

Impulsionar o Brasil para a ascensão prometida,

Que sejas a estrela vanguardeira

A iluminar o caminho do Brasil, prazenteira,

Para que este seja, da Terra, o celeiro

A abastecer o mundo inteiro.

 

Damião

 

Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 29/04/1993.

Damião – Mãe – Meus Dois Amores

 

Mãe, doce palavra a ser pronunciada

A inspirar-nos ternura qual doce balada;

Na ultima encarnação tive duas mães, dois amores

A embalarem-me em seus seios encantadores.

 

No entanto, bafejou-me iníqua sorte

Que abalou meu espírito forte:

Vi-me sem pai, sem mãe na infância finda

Que empanou o brilho de uma existência linda.

 

Somente quando somos criados sem mãe é que lhe damos o devido valor,

É que choramos por sentir falta deste carinho acolhedor;

Eu, que tive duas, no início de minha infância,

Vi-me separado da segunda, por uma enorme distância.

 

Quando sofri, por não ter uma mãe em cujo colo pudesse reclinar

Minha cabeça, a fim de poder, sem vergonha, chorar.

No entanto, a um imperador tudo é cerceado,

Até mesmo nas demonstrações das emoções, é refreado.

 

Eu não tinha uma mãe com quem pudesse desabafar,

E meus sonhos da infância, da adolescência pudesse relatar.

Agora, somente agora, no plano espiritual,

Que esse era meu carma fundamental,

Entendo a responsabilidade que existia sobre mim,

Que impedia que meus pais compartilhassem de minha vida até o fim.

Encontrei em Thereza Christina, afinal, o amor por mim almejado,

Amor conjugal e maternal, muito esperado.

 

Hoje, no Plano Espiritual,

Quero homenagear minhas mãezinhas que estão na esfera material,

Pois eu muito as amei, e as amo ainda com fervor

E com inigualável e puro amor.

 

Se uma deu-me a vida,

A outra enalteceu alguns anos de minha vida.

Provocou-me o ensejo de solver a taça da felicidade

Com o amor maternal, que somente me deixou saudade.

 

Guardei, até o final de minha vida,

A carta deixada por essa alma querida

Que expressava todo amor, que jorrava em borbotões,

De seu admirável coração.

 

Quisera eu ter o poder em minhas mãos

De sanar todas as dores que afligem seus corações;

Quisera eu que só existissem flores em borbotões

Em seus caminhos, sanando toda dor, toda ingratidão.

 

Infelizmente, não tenho esse poder, mães amadas,

Somente as posso conduzir ao longo de suas jornadas

Não podendo sanar todos os espinhos, toda tormenta

Que inúmeras vezes em suas almas se assenta.

 

Posso somente implorar a Jesus

Que as ampare com Sua pura Luz

E que sobre os espinhos sejam colocadas pétalas de flores

Para amenizar suas dores.

Contudo, fiquem cientes, mães queridas,

Que eu as ajudarei no transcurso de suas vidas

Pondo um pouco de alento, quando mais forças não tiverem na vida,

Pois, para mim, serão sempre minhas almas queridas.

 

Damião

 

Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 30/04/1993.

Damião – Fundação de São Paulo – 459 anos

 

Sob a LUZ DE Cristo, aos céus erguida,

Foi fundada por Nóbrega e Anchieta a terra prometida,

A alavanca do progresso do Brasil amado:

São Paulo, por todos nós abençoado.

 

Foste fundado num planalto imenso, onde tudo prospera,

No Pátio do Colégio, para que refugiasses na nova era

E maio à natureza virgem e hostil,

Para seres a alavanca do progresso do Brasil.

 

Hoje, tuas chaminés e arranha-céus são verdadeiros braços,

Que se dirigem para Deus, dominando os espaços,

Rogando para que Ele não se esqueça da pátria do Evangelho,

Que um dia, ainda, será o celeiro deste mundo velho.

 

Do Brasil do passado ao Brasil do presente,

Sempre foste a alavanca, impulsionando o país pra frente;

Com teu trabalho laborioso

Te destacas no Brasil formoso.

 

Desejamos a ti, São Paulo, que continues, agora e no porvir,

Com luz esplendorosa no Brasil a luzir,

Aureolado pela luz do Evangelho santificante,

Para que possas auxiliar a teus irmãos em todo o instante.

 

Que te abençoe o Meigo Cordeiro,

Mentor deste mundo inteiro,

Para que sejas o engaste, a pedra diamantina,

A resplandecer na coroa do Brasil em todos os seus dias,

Sempre contando com a divina luz

Advinda de Nosso Mestre Jesus.

 

 

Damião

 

Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 18/01/1993.

Damião – Troca do Pecador Confesso pelo Inocente Cheio de Amor

 

Há quase dois mil anos

Reencarnou, na Terra, um belo Arcano

Para reconduzir ao verdadeiro aprisco todos os humanos.

Mas, para envergar o corpo carnal,

Teria de restringir Seu corpo espiritual.

 

Um longo tempo teve que ter como preparo

Para que Sua Alma pudesse se condicionar no corpo humano,

Pois Seu Espírito era por demais evoluído, soberano,

Que viria para instruir, tirando lacunas, deixando tudo claro.

 

Finalmente, numa noite repleta de estrelas rutilantes,

A cintilar a todo o instante,

Um cometa anunciou à Terra

O início de uma Nova Era,

Pois nascia o Messias aguardado

E por todos esperado.

 

Nascia uma criança numa pobre manjedoura

Numa noite feliz, imorredoura,

Embora, se quisesse, poderia ter nascido em berço de ouro,

Ostentando coroa, possuindo tesouros;

Mas, preferiu nascer na pobreza e humildade

Para mostrar que podia, mesmo sendo humilde, praticar a caridade.

 

Essa bela criança,

Desde Sua tenra infância,

Dava exemplos de amor e bondade

Com altruísmo e dignidade,

Amando as formigas, os repteis, a chuva, os coriscos e o ribombar dos trovões,

Que causavam as demais crianças, sérias apreensões.

 

Ele amava tudo o que vinha do Pai, de Deus,

Criador da natureza, para o bem dos filhos Seus.

E, em tudo, via realeza

Coberta de inigualável beleza,

Sendo, muitas vezes, tachado de insano

Por ser diferente dos demais humanos.

 

Tornou-se homem, sempre espargindo o amor,

Procurando amenizar toda e qualquer dor,

Praticando milagres entre a multidão,

Sanando feridas que maltratam o coração,

Fazendo com que cegos começassem a ver, paralíticos a andar

E pregando as Leis de Deus, com sabedoria exemplar.

 

Todavia, não foi compreendido,

Não foi encarado como Messias amigo.

Sua paga foi ser traído, escorraçado,

Como um malfeitor chicoteado,

E, como tal, julgado e justiçado,

Sendo que também veio a ser crucificado.

 

No entanto, a dor que excrucia e maltrata,

Maior ainda que a dor da chibata,

A dor cruel que tira o ânimo e deplora

E ver a ingratidão, na extrema hora,

É ouvir vaias do porviléu em desatino

Contra aquele que somente queria proporcionar um melhor destino.

 

A ingratidão da multidão desvairada,

Que pela liberdade de Barrabás bradava,

Trocando-O por um facínora, um ladrão,

Sem piedade no coração,

Relegando a crucificação o Promulgador da “Bem-Aventurança”

Que trazia nos lábios mensagens de fé e esperança.

 

A ingratidão foi pior do que na fronte os espinhos a cravarem-se,

Pior do que sob o látego as carnes a lacerarem-se,

Pois Ele, que somente espargiu o amor,

Colheu a flor da ingratidão de modo fulminador.

Mas, apesar de tudo, em Seu Estertor,

Quis livrar a humanidade deste ato lamentador,

E erguendo aos Céus Seus Olhos tristes, profundos,

Rogando ao Pai a absolvição da gente deste mundo,

Suplicou com amor e coragem:

“Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem”.

 

Damião

 

Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 02/04/1993.