quinta-feira, 2 de agosto de 2012


Luiz Lamas - O Médium Mentiroso e Vaidoso



Nhá Carola era médium, tadinha,

I querendo si evidenciá,

Usava nome de mentô

Pra mor de se exartá,

I o plano espirituar vê com dô,

Qui de mentô, ali nada tinha.



I os encarnado?...

Sabia e não queria melindrá os coitado,

Iam deixando passá,

Pensando qui tudo ia meiorá.



Quiriam que os espírito de luiz

Unidos com Jesuis,

Pusesse um paradeiro

Em tudos os embusteiro.



Du livre arbítrio num foi lembrado,

Qui deve ser respeitado,

I nunca violado

Pruquê, pur ele, o encarnado é jurgado.



Qui a semeadura é livre, venturosa,

Mais a colheita amargosa.

Esperavam di braço cruzado

O milagre tão esperado.



Mas quar! Nhá Carola queria a todos suplantá

Di forma exemplá,

Mais di tanto enganá,

Ficou fraca da cabeça, não conseguia mais pensá.



Creditava em tudo o qui dizia,

Orguiosa, com soberbia,

Atraindo entidades trevosa,

Qui gostava di fica perto da teimosa.



Ficô louca, obsedada,

Num admitia qui num arrecebia nada,

Morreu gritando, com destemô,

Qui obedecia ordem de um mentô.



Foi pro umbrar tenebroso,

Sofrendo pru está num lugar tão abominoso,

Di num sê avisada,

Lamentava e chorava,

I seus amigos detestava.



Pru isso minha gente,

Vamo trabaiá humirde, contente,

Evitando de mestificá

I o nome do mentô usá,

Pra mor de se salientá,

I os outros sobrepujá.



Luiz Lamas





Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 16/11/1990.

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