Luiz Lamas - O Médium Mentiroso e Vaidoso
Nhá Carola era médium, tadinha,
I querendo si evidenciá,
Usava nome de mentô
Pra mor de se exartá,
I o plano espirituar vê com dô,
Qui de mentô, ali nada tinha.
I os encarnado?...
Sabia e não queria melindrá os
coitado,
Iam deixando passá,
Pensando qui tudo ia meiorá.
Quiriam que os espírito de luiz
Unidos com Jesuis,
Pusesse um paradeiro
Em tudos os embusteiro.
Du livre arbítrio num foi
lembrado,
Qui deve ser respeitado,
I nunca violado
Pruquê, pur ele, o encarnado é
jurgado.
Qui a semeadura é livre,
venturosa,
Mais a colheita amargosa.
Esperavam di braço cruzado
O milagre tão esperado.
Mas quar! Nhá Carola queria a
todos suplantá
Di forma exemplá,
Mais di tanto enganá,
Ficou fraca da cabeça, não
conseguia mais pensá.
Creditava em tudo o qui dizia,
Orguiosa, com soberbia,
Atraindo entidades trevosa,
Qui gostava di fica perto da
teimosa.
Ficô louca, obsedada,
Num admitia qui num arrecebia
nada,
Morreu gritando, com destemô,
Qui obedecia ordem de um mentô.
Foi pro umbrar tenebroso,
Sofrendo pru está num lugar tão
abominoso,
Di num sê avisada,
Lamentava e chorava,
I seus amigos detestava.
Pru isso minha gente,
Vamo trabaiá humirde, contente,
Evitando de mestificá
I o nome do mentô usá,
Pra mor de se salientá,
I os outros sobrepujá.
Luiz Lamas
Psicografada
no núcleo de trabalho, na noite de 16/11/1990.
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