Damião – Mãe – Meus Dois
Amores
Mãe,
doce palavra a ser pronunciada
A
inspirar-nos ternura qual doce balada;
Na
ultima encarnação tive duas mães, dois amores
A
embalarem-me em seus seios encantadores.
No
entanto, bafejou-me iníqua sorte
Que
abalou meu espírito forte:
Vi-me
sem pai, sem mãe na infância finda
Que
empanou o brilho de uma existência linda.
Somente
quando somos criados sem mãe é que lhe damos o devido valor,
É
que choramos por sentir falta deste carinho acolhedor;
Eu,
que tive duas, no início de minha infância,
Vi-me
separado da segunda, por uma enorme distância.
Quando
sofri, por não ter uma mãe em cujo colo pudesse reclinar
Minha
cabeça, a fim de poder, sem vergonha, chorar.
No
entanto, a um imperador tudo é cerceado,
Até
mesmo nas demonstrações das emoções, é refreado.
Eu
não tinha uma mãe com quem pudesse desabafar,
E
meus sonhos da infância, da adolescência pudesse relatar.
Agora,
somente agora, no plano espiritual,
Que
esse era meu carma fundamental,
Entendo
a responsabilidade que existia sobre mim,
Que
impedia que meus pais compartilhassem de minha vida até o fim.
Encontrei
em Thereza Christina, afinal, o amor por mim almejado,
Amor
conjugal e maternal, muito esperado.
Hoje,
no Plano Espiritual,
Quero
homenagear minhas mãezinhas que estão na esfera material,
Pois
eu muito as amei, e as amo ainda com fervor
E
com inigualável e puro amor.
Se
uma deu-me a vida,
A
outra enalteceu alguns anos de minha vida.
Provocou-me
o ensejo de solver a taça da felicidade
Com
o amor maternal, que somente me deixou saudade.
Guardei,
até o final de minha vida,
A
carta deixada por essa alma querida
Que
expressava todo amor, que jorrava em borbotões,
De
seu admirável coração.
Quisera
eu ter o poder em minhas mãos
De
sanar todas as dores que afligem seus corações;
Quisera
eu que só existissem flores em borbotões
Em
seus caminhos, sanando toda dor, toda ingratidão.
Infelizmente,
não tenho esse poder, mães amadas,
Somente
as posso conduzir ao longo de suas jornadas
Não
podendo sanar todos os espinhos, toda tormenta
Que
inúmeras vezes em suas almas se assenta.
Posso
somente implorar a Jesus
Que
as ampare com Sua pura Luz
E
que sobre os espinhos sejam colocadas pétalas de flores
Para
amenizar suas dores.
Contudo,
fiquem cientes, mães queridas,
Que
eu as ajudarei no transcurso de suas vidas
Pondo
um pouco de alento, quando mais forças não tiverem na vida,
Pois,
para mim, serão sempre minhas almas queridas.
Damião
Psicografada
no núcleo de trabalho, na noite de 30/04/1993.
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