Luiz Lamas - O
Teu Sofrimento, na Terra e na Cruz, não Comoveu, Jesus
Eta gente danada
Qui ainda não aprendeu nada,
Qui ainda não se apercebeu
Qui há 1992 anos, Jesuis na cruiz
morreu.
Qui Ele deu toda Sua Vida pra nos
ensiná
U caminho qui nóis deve trilhá.
Mais, nóis ainda num aprendemo,
Apesá di Seu Sacrifício Supremo.
U encarnado ainda num arrespeita
us Mandamento
Transmitido a Moisés num singelo
momento.
Nem segue os exemplo que Jesuis
deu, cum amô,
Num ama ao próximo como a si
mesmo, com iguar valor.
Ainda não aprendeu siqué a perdoá
I sempre qué é mesmo revidá,
Num sabe siqué u qui é amô
fraternar,
Num hesitando di prejudicá, a fim
di si projetá.
I us exemplo nos deu Jesuis,
Ensinando u caminho que pra luiz
conduiz.
Sofreu, morreu perdoando
I a todos a fazê o mesmo
instigando.
Óia, Jesuis, Ocê qué sabê?
A Sua dô num vale a pena sofrê!
Pruque a humanidade, consciente,
continua errando,
I nus mesmo erro continua
empacando.
Di cor inté eles sabem rezá,
Pedindo coisa qui pra eles é
essenciar.
Pedem, inté us outro
prejudicando,
Sem acreditá qui tão praticando
um crime nefando.
Mesmo cheio de pecado, tratam os
outro a pedrada,
Si esquecendo di seguí a Sua
Pegada.
Criticam e fazem tanta mexida,
Si esquecendo que de Seus Braço
perdem inté a acolhida.
Enganam, trapaceiam, roubam essa
gente danada,
Si esquecendo da transformação da
Terra, que tá sendo esperada.
Qui vão tê qui sê pra outro
planeta banido,
Apesá de toda dô, todo gemido.
Oh! Amado Jesuis,
Foi tão grande o Seu Sacrifício
pra na Terra encarná,
Foi tão grande o Seu Sofrimento
na Terra i na cruiz desencarná,
I eles num querem sabê di si
aprimorá i arcançá mais luiz.
Mais sei também, Jesuis Amoroso,
Qui pra Ocê valeu todo o esforço
Si consegue, pelo menos, uma arma
salvá,
Levando-a para a felicidade
seculá.
Perdoe, Mestre Jesuis,
Essas armas qui teimam em trilhá
pelo caminho qui conduiz
À derrocada espirituar, cheia de
pecado,
Si negando a andá a Seu lado.
Ampare, Jesuis, a humanidade
sofrida,
Qui num sabe qui o valô, nessa
vida,
É fraternalmente us outro amá,
I sabê di coração perdoá.
Luiz Lamas
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