terça-feira, 28 de agosto de 2012


Damião – Brado da Liberdade: romperam-se as correntes

 

No dia de hoje, há 171 anos atrás,

Houve um imperador tenaz e audaz,

Que contrariou o decreto da pátria onde nasceu,

Dando liberdade ao Brasil em todo o seu apogeu.

E foi numa colina imortal, sacrossanta,

Onde, até hoje, tantos sonhos acalanta,

Que ficou livre do cativeiro atroz e mesquinho,

Que impedia que se projetasse em seu caminho.

 

Ecoa, ainda hoje, nessa colina vicejante

O bramido alto, digno de um gigante,

Que contra a tirania se levanta

Dando liberdade a essa terra pura e santa,

Que, um dia ainda, será o celeiro do mundo

Próspero, belo e fecundo,

Que necessitava da liberdade, da aurora prazenteira

A iluminar toda essa terra brasileira.

 

Foi no Ipiranga, nos viços de um outeiro,

Que ficava as margens de um plácido ribeiro,

À luz de um sol que purpúrea os montes,

Iluminando serenos horizontes

Por onde sussurra levemente a brisa,

Nos campos que de flores se matiza,

Que ecoou o brado da independência,

Que se fazia premente, com urgência.

 

O eco retumbou do Sul ao Norte

Ressoando “Independência ou Morte”.

E a escravidão das algemas se desata,

Tornando-se livre como os pássaros de tuas matas,

Devendo tudo isso a um intrépido imperador,

Que renunciou sua própria pátria, com destemor

A fim de dar a liberdade ao Brasil,

Tornando-o mais forte e varonil.

 

Ainda perguntam: de que valeu esse heroico ato

Se o Brasil se encontra imerso em desagravo, em desacato?

Duvidando até que o mesmo se torne o celeiro do mundo,

Forte, promissor e fecundo.

Esquecendo-se de que o Brasil também tem um carma a saldar,

Para somente então tornar-se em pátria almejada e exemplar.

 

Não heroico povo brasileiro,

Não deveis vos entregar ao desanimo traiçoeiro

Nem pensar se seria melhor o cativeiro,

Pois tendes Jesus como Timoneiro

A vos guiar no mar da paz do mundo inteiro,

Encaminhando-vos para um porto seguro, soberano,

Junto a seus anjos e arcanjos

Para que sejais um dia um pródigo celeiro.

 

Não vos esqueçais que em vosso céu azul

Brilha a insígnia de Cristo, o Cruzeiro do Sul,

Para lembrar a todo brasileiro,

Povo forte, varonil e altaneiro,

Que a cruz é o símbolo também da dor

Daquele que somente espargiu a caridade e o amor.

E que o sofrimento da nação

Faz parte de sua própria ascensão.

 

Vamos nos lembrar de D. Pedro I, valoroso imperador,

Que renegou sua própria pátria, devido a um imenso amor

Dedicado ao Brasil esplendoroso,

Pátria do evangelho misericordioso.

Vamos orar, vigiando os atos e pensamentos,

Para haver um futuro melhor, esperado a todo o momento.

Mas, que esta oração seja delicada, fina,

Seja o engaste, a coroa, a pedra diamantina,

Que afaste as nuvens negras da Terra, descerrando pesada cortina.

Vamos orar, suplicando a Jesus,

Que envolva a Terra com Sua Imensa Luz.

 

 

Damião

 

Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 7/09/1993.

Nenhum comentário:

Postar um comentário