Damião – Brado da
Liberdade: romperam-se as correntes
No
dia de hoje, há 171 anos atrás,
Houve
um imperador tenaz e audaz,
Que
contrariou o decreto da pátria onde nasceu,
Dando
liberdade ao Brasil em todo o seu apogeu.
E
foi numa colina imortal, sacrossanta,
Onde,
até hoje, tantos sonhos acalanta,
Que
ficou livre do cativeiro atroz e mesquinho,
Que
impedia que se projetasse em seu caminho.
Ecoa,
ainda hoje, nessa colina vicejante
O
bramido alto, digno de um gigante,
Que
contra a tirania se levanta
Dando
liberdade a essa terra pura e santa,
Que,
um dia ainda, será o celeiro do mundo
Próspero,
belo e fecundo,
Que
necessitava da liberdade, da aurora prazenteira
A
iluminar toda essa terra brasileira.
Foi
no Ipiranga, nos viços de um outeiro,
Que
ficava as margens de um plácido ribeiro,
À
luz de um sol que purpúrea os montes,
Iluminando
serenos horizontes
Por
onde sussurra levemente a brisa,
Nos
campos que de flores se matiza,
Que
ecoou o brado da independência,
Que
se fazia premente, com urgência.
O
eco retumbou do Sul ao Norte
Ressoando
“Independência ou Morte”.
E
a escravidão das algemas se desata,
Tornando-se
livre como os pássaros de tuas matas,
Devendo
tudo isso a um intrépido imperador,
Que
renunciou sua própria pátria, com destemor
A
fim de dar a liberdade ao Brasil,
Tornando-o
mais forte e varonil.
Ainda
perguntam: de que valeu esse heroico ato
Se
o Brasil se encontra imerso em desagravo, em desacato?
Duvidando
até que o mesmo se torne o celeiro do mundo,
Forte,
promissor e fecundo.
Esquecendo-se
de que o Brasil também tem um carma a saldar,
Para
somente então tornar-se em pátria almejada e exemplar.
Não
heroico povo brasileiro,
Não
deveis vos entregar ao desanimo traiçoeiro
Nem
pensar se seria melhor o cativeiro,
Pois
tendes Jesus como Timoneiro
A
vos guiar no mar da paz do mundo inteiro,
Encaminhando-vos
para um porto seguro, soberano,
Junto
a seus anjos e arcanjos
Para
que sejais um dia um pródigo celeiro.
Não
vos esqueçais que em vosso céu azul
Brilha
a insígnia de Cristo, o Cruzeiro do Sul,
Para
lembrar a todo brasileiro,
Povo
forte, varonil e altaneiro,
Que
a cruz é o símbolo também da dor
Daquele
que somente espargiu a caridade e o amor.
E
que o sofrimento da nação
Faz
parte de sua própria ascensão.
Vamos
nos lembrar de D. Pedro I, valoroso imperador,
Que
renegou sua própria pátria, devido a um imenso amor
Dedicado
ao Brasil esplendoroso,
Pátria
do evangelho misericordioso.
Vamos
orar, vigiando os atos e pensamentos,
Para
haver um futuro melhor, esperado a todo o momento.
Mas,
que esta oração seja delicada, fina,
Seja
o engaste, a coroa, a pedra diamantina,
Que
afaste as nuvens negras da Terra, descerrando pesada cortina.
Vamos
orar, suplicando a Jesus,
Que
envolva a Terra com Sua Imensa Luz.
Damião
Psicografada
no núcleo de trabalho, na noite de 7/09/1993.
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