quinta-feira, 2 de agosto de 2012


Luiz Lamas - O Tinhoso e os Maus Fluidos



Nho Lau era espírita convicto, cum muita fé,

Aquerditando qui toda dô era provocada pur espírito ruim, qui num largava di seu pé.

I qui toda reviravolta da vida era obra do tinhoso,

Qui o atingia di modo escandaloso.



Às veiz, inté, batia a dô di barriga

Era provocada por fruído, num querditando qui era a comida;

E inté uma dô nu dedão du pé

Era o irmão trevoso qui provocava, e nisso tinha inté fé.



Quando dava um tropicão,

Pur farta di atenção,

Isso dizia: é obra de trevoso irmão,

Qui empurrou com força e determinação.



Num queria nem os outro ajudá,

Pruque, se fizesse isso, ia di fruído si acarretá;

Num queria nem passeá, tê uma distração,

Pruque ia atraí um trevoso irmão.



Di tanto assim pensá, u moço

Abria a porta pru campo trevoso,

I u pensamento, qui também é ação,

Agia di modo impedioso qui nem um furacão.



Quando tinha dô nas costa, intão,

Dizia qui era influência di um irmão

Inté qui ficou cus us purmao afetado,

Continuando a dizê que era um irmão qui fazia tudo aquilo enfezado.



U qui o Nho Lau num si alembrava

I qui nem siqué cogitava:

É qui existe um carma a sarda

I também um livre arbítrio a respeitá.



Num sabia que ele dava força pra trevoso irmão,

Qui só ria da ignorância, sem razão,

Achando qui nada fazia Deus

Em pror dus fio Seus.



Tudo ele atribuía ao plano espirituar

Sem si alembrá qui existe coisa qui tem qui sê arresorvida pelo plano materiar;

As coisa boa, atribuía pru plano di luiz esplendoroso

I as ruim, pru prano trevoso.





Coitado do Nho Lau! Teve tanta decepção

Nesse mundo di ilusão,

Pruque, quando as coisa apertava di modo acelerado,

Ficava descrente, achando qui us irmão di luiz num ficava de seu lado.



Achava qui espírito de luiz tinha tudo qui arresorvê,

Trazendo a paiz e o descanso nu meio de vosmecê;

Si esquecendo qui dependia di sua própria mente

Tê uma vida feliz e contente.



Si esquecia, qui depende dus ato, du pensamento

A felicidade du momento;

Si esquecia qui é preciso dá pra adepois recebê

O qui a gente pode merecê.



Nho Lau morreu tísico, coitado!

Deprorando, pruque num tinha esprito di luiz do seu lado;

I inda teve a decepção

Di sê arrastado pro umbrar di rordão.



Inda foi inté taxado de suicida

Pur num tê tratado u corpo qui lhe dava guarida;

Da vida, num aproveitou os bons momento,

Cum medo dus envorvimento.



Dava esmola, mas num fazia a caridade de corpo presente,

Dando u afeto bendizente,

Tudo pruque temia u envorvimento di trevoso irmão,

Querendo evita toda perturbação.



Foi toda uma vida perdida,

Sem nada fazê em prol das arma decaída;

Fugiu di veiz de sua própria missão,

Cum medo dus trevoso irmão.



I estes, rearmente, conseguiram u qui queria,

Qui era atrapaiá a sua ascensão cum sabedoria,

Fazendo cum qui ele perdesse a fé inté im Jesuis,

Qui queria qui ele arcançasse mais luiz.



Luiz Lamas

                                                                                                                      


Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 22/10/1993.

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