quinta-feira, 2 de agosto de 2012


Luiz Lamas - O Moço e o Grito



Vamo, minha gente,

Comemorá alegre, contente,

U dia qui o Brasir ficou independente,

Cortando inté os liames existente.



Já tinha morrido tanta gente

Pra mór dele ficá independente.

Inté Tiradentes morreu enforcado,

Sonhando cum a liberdade du Brasir amado.



Nu intanto, foi um moço, um imperadô

Qui a tudo renunciou e deu o grito libertadô,

I agora a D. Pedro I agradecemo,

I um preito di glória rendemo.



Pruque num foi fácir, minha gente,

Renunciá  à pátria conscientemente

Pra dá pra este país a independência,

Qui si fazia necessária, cum urgência.



Intão vamo, minha moçada,

Formá verdadeira cruzada

Neste dia, cum muita oração,

Saída di dentro du coração,

Pro Brasir sê envorvido di luiz

Vinda di nosso Mestre Jesuis.



Pra afastá as nuvem escura

Qui traiz a dô e a desventura,

Qui traiz a fome, a revorta, u perigo di revolução,

Qui anda morando im muitos coração,

Rezando, pra qui impere a paz bendita,

Afastando toda desdita.



Luiz Lamas





Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 30/08/1991.

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