terça-feira, 7 de agosto de 2012


Luiz Lamas - Trabaiá Sempre



Nhô Aldo trabaiava, e a todos ajudava,

No entanto, não era reconhecido

Inté mesmo pelo seu meió amigo,

Que muitas veiz o acusava.



Nhô Aldo foi gente importante

Em outra encarnação não muito distante,

Fazia e desfazia, conforme gostava,

Num se importando com nada.



Desfazia inté grandes mistério

Sem consulta, nem sabe de quarquer critério,

Num queria sabe de crítica,

Nem de gente pobre, nem de gente rica.



Nhô Aldo, agora, veio humilde, sem nome famoso,

Que sofre críticas descabida,

De um modo um tanto escabroso,

Atingindo sua alma sofrida.



Nhô Aldo num deve esperá reconhecimento,

Nesta terra de sofrimento...

O que de bom fizé, deve pensá,

Que, pra ele mesmo, é que vai vortá.



Se sofre crítica nesta vida,

É porque criticou de forma sentida

Tudo o que nóis faiz, nóis recebe de vorta,

De que forma, não importa!...



A vida no planeta Terra,

Com pagamento de débito tudo encerra,

Pruquê ninguém sai da Terra querida,

Sem antes pagá toda a dívida.



Nhô Aldo deve fica contente,

Pruquê paga dívida existente,

E trabaiá sempre com fervor,

Pruquê, de muitas vidas suas, ele é conhecedô.



Luiz Lamas



Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 09/08/1989.


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