terça-feira, 15 de julho de 2014

Dr. Maurice - Tratamento de Tireóide

TRATAMENTO DE TIREÓIDE

Meus filhos, permitai-me que assim eu vos chame, pois vos considero como tal, hoje versaremos novamente sobre a tireóide, a pedido insistente.
 
A tireóide, como já foi mencionado em trabalho anterior, é uma glândula de secreção interna, situada na frente da laringe, formada por dois lobos que se unem transversalmente por uma ponte de tecido glandular, recobrindo a cartilagem da laringe e a parte anterior do anel superior da traquéia. Pesa aproximadamente de 15 a 25 g em adultos. Ali também estão localizadas as glândulas paratireóidas.
 
Os lobos são formados de inúmeros folículos (pequenas bolas contendo um líquido viscoso). As paredes de folículos são formadas de uma camada de células epiteliais de forma cúbica que produzem colóide, que é constituído de glicoproteína denominada tireoglobulina. No colóide, existem dois hormônios segregados pela tireóide, a tireoxina ou tetraiodotironina ou T 4 e a triiodotironina, denominada T 3, ambos de grande importância no metabolismo de todas ou quase todas células do organismo. Os dois são aminoácidos que contêm iodo, elemento imprescindivel para o bom funcionamento da tireóide. Ligados à globulina, esses aminoácidos armazenam-se nos folículos, desprendendo-se conforme a necessidade do organismo, retirados pelas células epiteliais e lançados na corrente sanguínea.
 
A atividade da tireóide é comandada pela glândula pituitária, que se localiza na base do crânio, e que produz o hormônio tireotrófico T S H, que é um estimulador da tireóide.
 
Quanto maior for a produção do hormônio tireotrófico na circulação sanguínea, maior será a liberação de hormônios pela tireóide.
 
Ao inverso, a elevação dos hormônios da tireóide no sangue inibe a secreção de tireotrofina pela hipófise, mantendo o equilíbrio hormonal.
 
O funcionamento da tireóide divide-se em seis fases: chegada do iodeto orgânico a partir da circulação; concentração do iodeto na glândula; síntese da tireoglobulina nas células foliculares; armazenamento dessa substância no colóide; liberação da tireoxina (T 4) e triiodotironina (T 3) a partir da tireoglobulina; lançamento dessas substâncias na corrente sanguínea.
 
É um hormônio essencial para o desenvolvimento de todo o organismo, mas a quantidade poderá ser maior ou menor do que a normal. Pode-se constatar a carência no sangue, medindo-se a quantidade de iodo ligada à proteína.
 
Essa avaliação do iodo proteico reflete a concentração de hormônios tireodianos circulantes, apresentando um bom diagnóstico. Pode-se medir a atividade tireoideana também empregando um isótopo radicativo de iodo, o radioiodo, ministrando-se com uma solução aquosa, e sua absorção pode ser acompanhadas pela medição da radioatividade da glândula. Quando a tireóide está muito ativa, o isótopo é rapidamente absorvido; e quando a atividade é lenta, a absorção também o é. Pode-se também medí-la pelo metabolismo basal, realizado em repouso completo. Um metabolismo alterado indicará uma atividade excessiva da glândula, e o reduzido demonstrará uma insuficiência de funcionamento da mesma.
 
Existem médicos que inadvertidamente ministram remédios para emagrecer contendo esses hormônios, sem aquilatarem as consequências que poderão advir desse ato, e sem fazer exame prévio da mesma.
 
A tireóide já produz seu hormônio, e quando esse medicamento é administrado sem o devido exame, poderá acarretar no paciente inquietação, irritabilidade com coisas insignificantes, sensações contínuas de calor, batimentos cardíacos mais rápidos e mais fortes. Pode ocasionar anomalias, pois provoca um hipertireoidismo trazendo anomalias para os olhos, que se tornam brilhantes, arregalados e salientes, acompanhadas com a retração das pálpebras, estas chegando, às vezes, ao ponto de não se fecharem.
 
Os músculos oculares podem sofrer uma paralisia total.
 
Rompe-se o equilíbrio hormonal e a inibição da pituitária com uma dose excessiva do hormônio da tireóide na corrente sanguínea muito acima do normal.
 
Hormônio da tireóide excessivo no organismo destrói parcialmente as células, acelerando o metabolismo.
Se o baixo índice do hormônio da tireóide no organismo provoca sensação de frio, prisão de ventre e bradicardia, a dosagem elevada provoca a inversão de sintomas: calor, disenteria e taquicardia, sem contar que pode até mesmo provocar osteoporose e dores nos ossos.
 
O excesso do hormônio da tireóide no organismo inibe a glândula pituitária, provocando inúmeras vezes um tumor na mesma, que faz o seu portador sofrer intensamente durante anos seguidos de profunda dor de cabeça, tirando-o das raias da razão.
Se a ausência do hormônio no organismo possui consequências mortais, o excesso do mesmo também é de grande monta.
 
Portanto, meus filhos, se consumirdes tais drogas, deveis fazer um exame periódico para o controle da tireóide. Caso contrário, passareis para o lado de cá como suicida.
 
Tanto o excesso como a escassez desse hormônio no organismo traz consigo um cansaço, uma apatia e perda de vontade de viver, sem contarmos que se abrem completamente as portas para entidades capciosas, que aproveitam dessa deficiência para infiltrarem nas pessoas portadoras de tais males seus fluídos maléficos e destruidores, aumentando ainda mais a apatia e a falta de vontade de viver. Os pequeninos entraves da vida tornam-se monstruosos e não deixam que essas pessoas volvam os olhos para trás, a fim de aquilatar o quanto são felizes perante os que se lhes situam na retaguarda.
 
Ao largarem tais drogas, no sentido de normalizar o ritmo tireoideano, inevitavelmente incharão, terão palpitações até a adaptação de seu organismo.
 
Alguns médicos, que não são precavidos contra a administração de tais drogas e não aquilatam da sua consequência, chegam a aplicar a tireoxina (T 4) e a reiiodotironina (T 3) conjuntamente, sem um exame prévio a pacientes, trazendo-lhes sérios distúrbios.
 
Por melhor clínico que seja, este deverá fazer um preliminar exame do hormônio da tireóide na corrente sanguínea, antes mesmo de chegar a um diagnóstico oriundo de sua prática, do que dar essas drogas a pacientes.
 
Meus filhos, espero que esta mensagem venha aclarar as vossas dúvidas.
 
Somente expus minhas teorias sem as enquadrar a qualquer de vós, competindo aos encarnados tomarem os devidos cuidados.
 
Maurice.
Psicografada em 07/11/1989.

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