quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Dr Maurice - Lesões Traumáticas Oculares

LESÕES TRAUMÁTICAS OCULARES - PROCESSO HEMORRÁGICO PÓS-OPERATÓRIO
Hoje, meus filhos (permitai-me que assim vos chame, pois vos quero como tal), falaremos sobre lesões traumáticas oculares. Estas podem ser contusões ou lesões não perfurantes, de um lado, e lesões profundas e penetrantes, de outro. As primeiras não afetam mais do que a superfície do globo, não acarretando, em consequência, maiores problemas. A contusão mais comum é a equimose palpebral, uma hemorragia, ou como vulgarmente é chamada, derrame superficial, que não apresenta maior gravidade, costumando desaparecer após duas semanas, sem tratamento específico. Da mesma forma, a hemorragia subconjuntival, percebida como uma mancha vermelha circundando a córnea.
 
(Inúmeras vezes, na operação de catarata com a implantação do cristalino, há pequenas hemorragias, apesar de o cristalino não ser muito vascularizado. Outras vezes, os pontos dados exteriormente machucam, provocando pálpebra que incide no derramamento de sangue, ou seja, uma pequena hemorragia que pode toldar a visão, por muito ou pouco tempo, derrame de sangue).
 
A erosão superficial da córnea, que provoca avermelhamento, edema e dor discreta, ao contrário, requer tratamento baseado na aplicação de antibiótico e colírio de atropina e na imobilização do olho. As lesões decorrentes da penetração de corpo estranho na camada mais externa da córnea são tratadas da mesma forma.

Algumas contusões oculares, entretanto, como a provocada por hemorragia na câmara anterior do olho, ou o deslocamento da íris, podem afetar drasticamente a visão. No caso de hemorragia leve, o sangue deposita-se na parte mais profunda da câmara onde forma uma espécie de mancha. Como não há coagulação intraocular, essa pequena massa de sangue pode ser reabsorvida em pouco tempo, tornando a esclerótica opaca e na tonalidade marrom.
As lesões perfurantes da córnea e da esclerótica são causadas, principalmente, por acidentes de trabalho e de trânsito.
 
As lesões profundas da córnea podem forçar o escoamento dos líquidos intra-oculares para fora do olho, com prolapso de seus componentes. Pode também afetar diretamente a íris, cristalino e estrutura profunda do olho.
Além dos danos causados pelos ferimentos perfurantes em si, eles podem acarretar panolftalmia, iridociclite crônica, comprometimento infeccioso do olho são e atrofia do tecido cicatricial, como eventual descolamento da retina.
 
O tratamento básico das lesões perfurantes consiste na limpeza do ferimento, remoção de corpos estranhos, extirpação de tecidos prolapsados e, se necessário, sutura do ferimento e prevenção ou tratamento de eventual infecção. Quando a lesão do globo ocular é muito extensa e incapacitante, sua extirpação pode tornar-se obrigatória.
 
A presença de corpos estranhos, no interior do globo ocular, pode ser detectada pela visão a olho nu ou somente com Raios X. Alguns desses corpos estranhos podem ser tolerados pelo olho, como o vidro, enquanto outros, como o ferro e o cobre, promovem sua destruição progressiva.
 
Em qualquer hipótese, tem que se remover algum corpo estranho instalado intra-ocularmente.
 
Como toda a doença - e a maioria dos acidentes é resgate do carma - toda lesão traumática (e aqui englobo cirurgias como uma lesão, ou o fruto de uma lesão) atrai consigo entidades inimigas do passado, que se divertem e se congratulam com o sofrimento de seu adversário e procuram colocar eflúvios perniciosos na parte lesada, agravando ainda mais o estado do paciente. Por isso, faz-se mister uma limpeza minuciosa quando se trata do globo ocular, a fim de que a recuperação seja efetuada de forma como anseia o plano espiritual.
 
Além da assepsia e tratamento material, é fundamental a assepsia espiritual, expurgando do órgão todo o eflúvio negativo que possa interferir na recuperação do mesmo.
 
Espero que estes ínfimos conhecimentos venham vos elucidar convenientemente.
 
Que os céus vos abençoem,

 
Maurice
 

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