segunda-feira, 29 de outubro de 2012


André Luiz – Nunca Acuses

 

Nunca acuses, tampouco acuses qualquer irmão, pois da mesma forma que julgares ou acusares, será julgado e acusado, também.

Mesmo que teus olhos carnais sejam testemunhas de algum delito efetuado, pensa duas vezes antes de acusar quem quer que seja, pois, com a mesma medida que acusares, serás inclementemente acusado de tuas faltas. Todos possuímos débitos, muitas vezes não visíveis.

Não confias na tua vidência para acusar a outrem. Muitas vezes, a imagem que vês, e um quadro criado por entidades trevosas, que querem denegrir a pessoa visada.

O erro nosso sempre requer a bondade alheia. O erro de outrem reclama a nossa própria clemência. Não acuses por tanto, sem atinares com o motivo que levou a criatura errar dessa maneira.

Se tiveres plena certeza do erro cometido pelo teu irmão, ao invés de denegrir sua imagem, efetua uma conversa amiga e franca com ele, a fim de entenderes o motivo que levou a cometer tal erro, não acusando, mas procurando entender a razão de seus erros. Deste modo, talvez, conseguirás reerguer uma alma, afastando-a do lodaçal em que se encontra. Nunca acuses.

Não acuses, pois deves sempre silenciar diante dos grandes ou pequeninos escândalos, sem considerações deprimentes, orando em favor daqueles que o provocaram, pois todos estão longe de possuir a perfeição moral.

Não apoies os erros alheios, procurando tudo fazer no sentido de não proporcionar ensejo para que os outros os cometam. Contudo, procura também não acusar, pois incorrerás no grave erro de perjuro.

Diante da mulher adúltera, que se postava a seus pés, Jesus dirigiu-se á multidão que se aglomerava com o intuito de apedrejá-la, dizendo: “Quem estiver isento de pecados que atire a primeira pedra.” Enfatizou-se, ainda: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes, sereis julgados, e com a medida que tiverdes medido vos hão de medir a vós.” Enfatizou, também: “Portanto, não temeis, porque nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se.” Portanto, não acuseis, tampouco julgueis.

 

André Luiz

 

Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 15/03/1995.

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