sexta-feira, 5 de outubro de 2012


Peter – Complexo de Caim

 

Além do significado original que indica algo confuso ou complicado, a palavra complexo tem passagem pela medicina, matemática, química e psicologia. Nesta última foi adotada por inúmeros psicólogos como o austríaco Sigmund Freud.
 

Para evitar uma completa incursão no mundo da psicanálise vamos ficar com a definição psicológica segundo os dicionários que assim dizem: conjunto de representações e ideias estruturadas e caracterizadas por forte impregnação emocional, total ou parcialmente reprimidas, e que determinam as atitudes de um indivíduo, seu comportamento, seus sonhos, etc...

 
Dentre os complexos mais populares identificados no comportamento humano pela psicologia estão os de inferioridade e superioridade. As duas situações são caracterizadas por comportamentos bem voltados para o interior, ou seja, a pessoa que se sente inferior ou superior em relação aos demais é, em última análise, “egoísta”. Outros complexos são: de Hagar, Sara, Electra, Édipo, Caim.

 
Por complexo de Caim a psicologia explica uma situação de rivalidade e ciúme. é a atitude do primogênito que tem ciúme do irmão mais novo e considera-o um intruso. O termo foi tirado da Bíblia no primeiro testamento. Mas como a Bíblia foi escrita pelos homens, vários anos após o advento do Cristianismo e nós, espíritas, nos baseamos mais no segundo Evangelho, ou seja, depois do advento de Jesus, não sabemos se é verídica ou não.


A historia do primeiro testamento é conhecida como: “Trouxe Caim do fruto da Terra uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta, ao passo que de Caim e da sua oferta não se agradou. Irou-se pois sobremaneira Caim, e descaiu-lhe o semblante. Então lhe disse o Senhor: por que andas irado, e por que decaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se todavia procederes mal, eis que o pecado jaz à porta, o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo. Disse Caim a Abel,seu irmão: vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel seu irmão, e o matou” (Gênesis, 4:3 a 8).

 
O problema de Caim não foi propriamente ciúme, mas inveja. Ao ver que Deus agradara-se do sacrifício de Abel, ficou pesaroso pela felicidade que viu estampada no rosto do irmão. A inveja é um sentimento pernicioso que corroí os melhores sentimentos. A inveja incontrolável leva o seu possuidor a desejar o bem alheio. Como também o parceiro ou a parceira dos outros. Não é amor, é inveja. O problema não é querer possuir algo semelhante ao que o próximo possui, mas querer aquilo que pertence ao próximo, e que não é nosso naquele momento.


Quando é alimentado, esse tipo de inveja leva a violência. Uma pessoa invejosa pisoteia os que estão ao seu redor, em seu caminho, como se tudo fosse normal. Ela perde a noção do que é fraternidade, amor e respeito aos outros. Ela gera criticas descabidas, comentários inverídicos. A inveja, como cita a Bíblia, é a “podridão dos ossos”. Pois onde há inveja e sentimento faccioso aí há confusão e toda espécie de entidades trevosas. Dizem que a inveja tem cinco filhos: murmuração, maledicência, ódio, felicidade pela desgraça do próximo e aflição pela prosperidade de outrem.

 
Caim matou o seu irmão, indo contra o que Jesus pregou posteriormente que nos amemos uns aos outros como amamos a nós mesmos. Não como era Caim, um maligno que assassinou o próprio irmão. E por que o assassinou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão, justas. Também não sabia que cedo ou tarde tudo isso retornaria para si mesmo.

 

Conclusões do complexo de Caim:

 

1)   Fazer as vontades de Deus pode despertar a ira e a inveja, até mesmo próxima da gente ou consanguínea, despertando seu ego de inferioridade.

2)   Fazer a vontade de Deus traz felicidade ao coração.

3)   Devemos procurar o autocontrole dos maus sentimentos. Pois vivemos uma época em que a inveja é estimulada pela febre de consumo de nossa sociedade. É mais ou menos assim: se um parente trocou de carro é hora de trocar o meu também; o vizinho fez uma piscina, por que eu não posso ter uma? O colega recebeu uma promoção, por que não eu? Meu amigo fez uma lipo, por que eu não posso dar uma esticadinha aqui e ali? Fulano ou sicrano ostenta uma mediunidade, por que eu não a tenho também? Isso de pagamento de débitos é conversa fiada. A mediunidade nos proporciona a gloria, a vaidade de podermos receber a comunicação de espíritos. A vidência é um bem para aquele que a possui. A psicografia faz a evidencia do médium. Quem pensa assim está completamente errado porque a mediunidade é uma porta estreita que nos ajudará a pagar os débitos enormes angariados em vidas passadas. Principalmente é uma oportunidade dada por Deus para as almas suicidas.

4)   Finalmente, atendamos ao convite de Deus despojando-nos de toda a maldade e dolo, da hipocrisia e da inveja.

 

Peter

 

Mensagem psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 10/01/2006.

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