Fabius
– Inveja
Em minhas inúmeras
andanças por sobre o orbe terráqueo, pude observar sentimentos os mais
diversificados possíveis a assolar o ser humano. Sentimentos positivos e
negativos, dentre os quais os negativos são os mais constantes.
Dentre os sentimentos
negativos, é a inveja a mais persistente no ser humano. A inveja é um
sentimento asqueroso e vil, que propicia a decadência do encarnado, levando-o a
pratica dos mais abomináveis atos.
Existem sentimentos
altruístas como o amor, a caridade, a indulgência, a piedade, etc., que pode
edificar alimentar e iluminar, pois eles são oriundos da Luz Divina emanada de
Nosso Mestre Jesus.
No entanto,
contrariamente, a inveja proporciona derrota, cansaço, languidez naquele que é
o alvo da mesma, enquanto vai corroendo aos pouquinhos o próprio emissor.
Quando aliada a cobiça, e veneno que corrói as entranhas; quando aliada ao
ciúme provoca desconforto tal na pessoa visada, tirando-lhe o ensejo de luta e
quedando-as numa prostração que, às vezes, poderá ser fatal.
Todavia, o que confrange a
nossa alma é verificar que a mesma procura guarida nos templos de fé, em que é
apregoado o Evangelho de Jesus. Procura guarida e a encontra nos corações dos
que se dizem adeptos de Jesus.
A inveja muitas vezes é
tanta que a criatura se digladia, procurando um posto em que se possa
evidenciar, ostentando uma máscara de falsa humildade.
Aquele que, é
verdadeiramente humilde, não possui conhecimento de que o é, pois a humildade
faz com que acha que todas as pessoas estão em sua própria faixa vibratória,
não alardeando a sua humildade.
A inveja vez por outra
assolada é tanta que a criatura somente sonha com o posto ambicionado,
esquecendo-se das inúmeras vicissitudes que o acompanham. Dos aborrecimentos
que aquilo irá trazer. Procura sempre evidenciar-se, igualando-se ao titular do
posto cobiçado, frisando que sempre possui os mesmos dele. No intimo, porem,
acha-se superior e melhor.
São pródigos tais seres em
elogiar. Aparentemente, destilam mel, mas intimamente destilam veneno pestilento,
pois visam somente o que pleiteiam. Não possuem sequer a humildade de
reconhecer seus próprios erros, achando que seus conceitos são certos, e tudo
mais que é falado, torna-se inverossímil diante de seus olhos. São os
salvadores do mundo que, com seus eflúvios, amenizam toda a dor possível;
sentem inveja de tudo e de todos, e se orgulham da posição que possuem,
almejando sempre um destaque maior. Difundem a humildade achando que são
adeptos da mesma. Contudo não possuem a humildade suficiente para se colocar em
seu próprio lugar. Geralmente, seus laços de amizade se estendem a seus afins,
às pessoas que ficam em suas próprias faixas vibratórias, e agem como aqueles,
camuflando seus próprios sentimentos. Quando não se utilizam da inveja, sob o
disfarce de falsa amizade, para denegrir aqueles que consideram seus inimigos.
Se a inveja vier aliada a
vingança, chega à culminância do ódio, atingindo as raias da razão.
Portanto, meus amigos
livrem-vos da peçonhenta inveja, que vos levará à degradação moral e a perder
os méritos que angariastes na atual encarnação. Não cobiceis um posto mais
elevado num templo de fé, pois este somente será dado a quem for realmente
merecedor e ao que não cobice o posto de pessoa alguma. Não invejeis a
mediunidade de um companheiro de fé, pois não sabeis quanta responsabilidade
ele possui perante o Alto. Procurai cultivar sentimentos puros e altruístas.
Paz e Amor!
Psicografada no núcleo de
trabalho, na noite de 30/01/1995.
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