Fabius – Todas as Religiões Deveriam Unir-se
Em minhas andanças pelo orbe
terráqueo visitei as instituições religiosas e templos de fé, observando todos,
que praticam o bem, apesar de interpretações diferenciadas, levam a um mesmo
ponto, que é Deus. E que todos lutam por idêntico ideal: desejam a paz mundial,
espalhando o amor verdadeiro e fraternal, sem interesse a um posto de
relevância que enalteça o ego de cada um.
Todavia, no plano espiritual,
cada qual entra em sintonia com o bem ou com o mal segundo a qualidade de seus
pensamentos.
Se num centro espírita, em torno
de uma mesa, começardes a pensar em palhoças, em cocares, na caça, na pesca,
atraireis para junto de vós os espíritos sintonizados com a faixa vibratória,
ou seja, índios, caboclos, caçadores primitivos e infantis. Se ligardes o
pensamento a temas filosóficos, atraireis sábios, cientistas, espíritos
elevados por sua intelectualidade.
O simples pensar de cenas
lúbricas e desejos torpes em relação à cobiça do companheiro ou companheira de
outrem, a cobiça neste aspecto atrai espíritos habituados a essas cenas
lascivas. E os espíritos de luz se distanciam, pois não podem e nem devem
interferir no livre arbítrio do encarnado, porque aqueles vivem em diapasão
muito elevado. São como raios de sol que não penetram no vaso de barro.
Como citado no livro Elucidação
do Além, os centros espíritas podem falir ou podem ser desmanchados pelos
próprios componentes encarnados sem mesmo haver interferência espiritual. Visto
que a vaidade, a vontade de se evidenciar, a obstinação, o amor próprio, a
ignorância, o ciúme ou a rivalidade entre dirigentes e médiuns também liquidam
as agremiações invigilantes. Num centro espírita é comum a competição, o
conflito personalístico, a ironia, a fraude, a mistificação, a utilização de
nomes de espíritos de luz para expressar as próprias idéias. Lugar em que os
neófitos tentam superar os velhos ou estes petrificam-se de maneira teimosa em
idéias e empreendimentos conservadores. Existe e preocupação de impressionar o
publico ou a assistência, dando margem para a infiltração de espíritos
mistificadores, e estes, por seu lado, semeiam a discórdia. A mentira com a
própria assistência para angariar óbolos que, às vezes, são desviados para seus
bolsos, provoca derrocada nos centros espíritas, pois os responsáveis agem de
má fé, tirando o pouco daquele que quase nada possui.
O Espiritismo não deveria
criticar outras religiões e sim conhecê-las profundamente. Deveria, sim,
aceita-las, pois também se baseias nos Ensinamentos de Deus, de Jesus, de
Krisna, de Buda. Tendo em conta faltar pouco tempo para este mundo se
transformar de planeta de expiação para o de regeneração. E para recebermos de
volta Jesus, o Avatar dos Avatares, todas as religiões deveriam irmanar-se. Não
importando a maneira de pensar, de demonstrar a fé que professam. Não importa
se essa ou aquela se utiliza de elementos místicos para demonstrar a fé.
Importa sim os proveitos que dela tiramos. Os bens que ela proporciona para uma
coletividade que necessita de estímulos visuais, que necessita de aromas para
um melhor aconchego, para concentrar-se. Importa sim a sinceridade de seus
propósitos. Importa o comportamento de seus adeptos. Eis que nada adianta bater
no peito e dizer sou espírita, sou católico, sou evangélico e ter uma conduta
triste e bisonha perante o Pai, contrariando-lhe os Mandamentos. Importa ter o
amor fraternal e, ao lado, o perdão.
Triste é observarmos um templo
espírita em que imperam as criticas destrutivas, a hipocrisia, a vaidade, os
pensamentos fesceninos, o ciúme, o não cumprimento do que o individuo prega
como citei alhures. Nota-se também as preferências a pequenos grupos, não dando
valor aos que não lhe são afins. O orgulho de muita gente por possuir um lugar
de destaque numa diretoria.
Enfim, os pensamentos de raiva,
de ódio, emitidos contra irmãos, com o objetivo de afastá-los do núcleo, agem
como dardos venenosos na pessoa visada, combalindo-as até em sua saúde,
esquecendo-se da Lei de Ação e Reação, a que, inevitavelmente, tudo fará retornar
ao emissor.
Paz e Amor!
Psicografada no núcleo de
trabalho, na noite de 02/06/2004.
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