Fabius – Um dos Maiores Erros
Em minhas andanças em torno do
orbe terráqueo pude constatar que um dos maiores erros da humanidade é a
vingança oriunda da ignorância alheia e do ciúme inveterado.
E isso, dentro de uma instituição
espírita, é considerado inadmissível, mas ultimamente é o que mais prevalece,
trazendo a decadência ao núcleo.
Os médiuns são
os mais suscetíveis a doenças e ataques de espíritos inferiores. Quão maiores
foram os dotes mediúnicos, maior a vulnerabilidade, pois o duplo etéreo afasta-se
um pouco do médium, mais para o lado esquerdo e à altura do baço, torneando-se
um ponto de apoio para os espíritos desencarnados operarem com mais eficiência
no limiar dos sois mundos. É o responsável pela exsudação do ectoplasma do
médium e transferência de fluidos nervosos, servindo para as mais
diversificadas mediunidades. É o mediador plástico e também o catalisador de
energias mediúnicas, aglutinando-se de modo a servir aos dois planos: ao
espiritual e ao material. Por isso o médium é mais sensível e propenso a
enfermidades. Todavia, a mediunidade não é imposta a ninguém.
É o próprio
espírito reencarnante que escolhe esse doloroso mister, não sendo obrigatória a
mediunidade para ele. Ninguém tem a tarefa obrigatória de ser médium
psicógrafo, psicofônico, vidente, de efeitos físicos, audiente, doutrinador
intuitivo, cada um o faz por sua livre e espontânea vontade, pois solicitou ao
Alto o ensejo abençoado de se redimir espiritualmente num serviço de beneficio
ao próximo, uma vez que, no pretérito, também usou e abusou de seus poderes
intelectuais ou aptidões psíquicas em detrimento alheio. Mesmo na Terra, as
tarefas difíceis devem ser aceitas de modo espontâneo para que o indicado a
este encargo não venha fugir de sua responsabilidade. O serviço perigoso sempre
recai sobre o homem ou mulher que, para isso, mais se adapte. A mediunidade em
si é difícil e perigosa, seja ela qual for. E o médium, antes de reencarnar
sabe disso, mas se ele não cumpre os ensinamentos que lhe foram outorgados, se
utiliza-se do nome de um mentor para que suas idéias sejam bem acatadas. Se
procura enganar os mais descuidados, se utiliza de suas faculdades mediúnicas
para atrair o sexo oposto. Se, mesmo casada, quer conquistar um recém-viúvo,
que emocionalmente está descontrolado, as oportunidades mediúnicas redentoras,
que são concedidas as almas faltosas, ao reencarnarem, resultam em fracassos
que somente a elas devem ser atribuídos. Se entregarem-se as paixões violentas,
aos vícios, aos prazeres condenáveis, e se venham acoitadas pelos ciúmes, por
idéias de vingança, estando num centro somente pela aspiração, pelo desejo de
se mostrarem, almejando cargos melhores ou até mesmo a presidência do núcleo,
então isolam-se imprudentemente dos guias responsáveis pela sua segurança mediúnica,
abrindo as comportas para as entidades trevosas com as quais se afinam. Agora,
agindo de forma como a mediunidade é encarada, o médium afasta ou toma o seu
duplo etéreo sem desperdício de energias, uma vez que fica amparado a investida
do astral inferior.
Erro maio
ainda é aquele que o médium é repudiado, e todo seu ser clama por vingança a
ponto de querer destruir o irmão ou irmã que conseguiu o que ambicionava, ou ao
que empana o seu falso esplendor.
Faz com que no
mundo material é denominado por “fofoca”, tirando o cargo que seu suposto
adversário exercia, ficando no anonimato como uma cobra que destila veneno e,
depois da picada, se esconde. Procura sempre tirar o tapete debaixo daquele que
anda de olhos vendados, relegando-o a uma inevitável queda. Mas ele, o médium,
um dia terá de responder pelo que faz. E responderá mediante grande choro e
ranger de dentes.
Pois, por meio
dos mexericos, afastou pessoas do templo de fé; tirou de outras os cargos que
ocupavam com galhardia. Se antes fingia-se um amigo, mostrou pouco depois as
garras escondidas e se acha no direito de ser um mediu, dono de um núcleo de
fé.
Portanto
médiuns, cuidado com o que fazem e como andam no caminho da ascensão, assim
como vigiem os pensamentos evolados para não agravarem ainda mais o carma que
lhes espera.
Paz e Amor!
Fabius
Psicografada
no núcleo de trabalho, na noite de 27/02/2003.
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