quinta-feira, 26 de julho de 2012


 Luiz Lamas - A Mentira



Cuidado com a mentira, minha gente,

Falada de modo tão insistente

Pra mor dos compromisso se isentá,

Pra podê meió descansá.



Isso num si faiz, inganando us outro dessa maneira

Di forma inté zombeteira,

Agravando um carma já bem pesado

Pra mor di aliviá as coisa pru seu lado.



Isso é engodo, é mentira deslavada,

Qui vai pesá na balança, pela Justiça Divina regulada

I vai também retorná di rordão,

Agravando inda mais a presente encarnação.



Oceis já imaginaram a enredeira,

Si u prano espirituar também mentisse dessa maneira?

Na hora qui oceis tão mais precisando

I eles, como descurpa, uma mentira fosse apregoando?



Si eles também quisessem discansá

Na hora im qui oceis si pusesse pur eles chamá?

Num dando ouvido à chamada efetuada

I num ligando pra mais nada?



Nu intanto, u povo só qué mesmo é arrecebê,

Si esquecendo qui tem também qui si doá, num querendo nada sabê

Di trabaio, di esforço em pror di um outro irmão,

Achando qui isso só é bão pru Pai João.



Si esquece qui é dando qui si arrecebe,

Qui é perdoando qui si é perdoado.

Mais isso oceis num concebe,

Achando qui é lorota, pra sê deixado di lado.



U qui é isso, minha moçada?

U meió é fincá u pé na verdadeira estrada

I num mentí mais pra si isentá

Du trabaio qui si tem que executá.



Pruque, vai chegá a hora

Qui us companheiro vão cansá da mentira i da demora,

Deixando oceis pra traiz,

Cansados di irmão vivaiz.



Luiz Lamas





Psicografada no núcleo de trabalho,  na noite de 24/06/1994.


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