Peter - A Procura de Bens Materiais
Existem
pessoas convictas da existência de vida após a morte, crentes que são submissas
a uma lei cármica, onde a semeadura é livre, mas a colheita, obrigatória,
freqüentadores de templos de fé em que professam o Espiritismo intuído por
Kardec que, quando passam por agruras oriundas da própria má-fé, recorrem a
centros de terreiros para resolver problemas aquisitivos, na maioria das vezes
considerados ilícitos perante os olhos de Deus.
Com essa
conduta, atraem para si entidades capciosas, também afins com os pensamentos
evolados, ávidas em trapacear, que se intitulam mentores de luz, e procuram,
através do engodo, atrapalhar os trabalhos de um templo de fé, respeitado pelos
ensinamentos ministrados. Entidades essas difíceis de serem afastadas, pois
atraídas pela conduta errônea daquele ou daquela que lhe serve de veiculo.
Diz um velho
dito popular que, se o plano espiritual resolvesse problemas de ordem material,
todo pai de santo seria rico.
Pura ilusão,
que somente traz transtornos para quem deseja que os seus problemas financeiros
sejam resolvidos. O Plano Espiritual Superior somente pode tirar empecilhos
existentes ao longo da jornada. Empecilhos estes que não constam no carma de
cada um. Carma este escolhido pela própria criatura ao encarnar, que quer ter
uma vida um tanto difícil de suportar para não sucumbir sob o peso dos vícios,
das más tendências, pois, quando abastadas em anteriores encarnações, desviaram-se
da estrada certa, descambando por lúgubres caminhos.
Quantas e
quantas vezes fingimos ser atingidos por grave doença a fim de nos isentar de
determinados trabalhos, e constatarmos posteriormente que a doença mencionada
realmente nos ataca?
Será isso
castigo de Deus? Ou é a nossa consciência que nos acusa e interfere para que,
aquilo que alegamos anteriormente, nos venha a acossar? Cada qual possui um
livre arbítrio, e por ele terá de responder.
Não é castigo
de Deus, é a colheita que se faz presente até que nos reformulemos
interiormente. Grande e longo é o aprendizado, contudo poucos e raros são os
alunos que realmente querem aprender.
A maioria é
rebelde, que age como crianças, não aprendendo a lição, efetuando sempre os
mesmos erros. Nada passa despercebido aos olhos do Pai. Assim como toda boa
ação praticada é anotada, também os erros o são, e tudo é colocado na Balança
da Justiça Divina.
Dizer: eu
errei, mas assumo a responsabilidade, é errar conscientemente e maior agravo
passa a ter perante a Justiça Divina.
Portanto,
vamos nos conformar com a vida precária, isenta de recursos financeiros, para
não colhermos somente espinhos.
Peter
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