Luiz Lamas - Cuidado com o Beicinho!...
Não se Iluda
Essa gente inda num aprendeu,
Apesá di todo conhecimento seu,
Qui muié qui fala meigo, di
mansinho,
Às veiz inté fazendo beicinho,
Mostrando qui ta percisando di
proteção,
Na maioria das veiz é tapeação, é
armação.
Armação pra conseguí u qui qué,
I agarra u home inté pelo pé,
I u home tonto num si apercebe,
I qui foi preso pela isca, num
concebe.
Arguns si deixa arrastá,
Esquecendo qui possui uma famía
exemplá.
Qui tem muié, fio pra sustentá,
I vão si deixando enredá.
Num vê qui isso num é amô,
É só interesse enganado.
Adepois, quando passa a ilusão.
Ele se vê envorvido pela solidão.
Tem o lar destroçado,
Qui a ilusão deixou como legado.
Us fio nem siqué lhe arrespeita,
E inté lhe faiz arguma desfeita.
A muié verdadeira dele num qué
mais sabê,
A vida novamente junto, já num
qué concebê.
I u homem si sente véio,
arquebrado,
Num tento ninguém mais ao seu
lado.
Pru isso, minha gente, num vamo
si embeiçá
Cum muié qui tem meiguice nu
falá,
Pruque, às veiz, é cobra traiçoeira,
Qui prepara o gorpe, zombeteira.
A gente só vai conhecê
Adepois de si convivê.
I adepois, num dianta si lamentá,
Nem pedí pru Arto ajudá.
Pru isso, minha moçada,
Vamo fincá u pé na verdadeira
estrada
Deixando di lado toda farsa
ilusão,
Qui pode machucá u coração.
Vamo obedecê, di Deus, us
Mandamento,
A toda hora, a todo momento,
Seguindo us exemplo di Jesuis,
Qui pra verdadeira estrada
conduiz.
Luiz Lamas
Psicografada
no núcleo de trabalho, na noite de 22/05/1992.
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