terça-feira, 31 de julho de 2012


Luiz Lamas - Cuidado com o Beicinho!...

Não se Iluda



Essa gente inda num aprendeu,

Apesá di todo conhecimento seu,

Qui muié qui fala meigo, di mansinho,

Às veiz inté fazendo beicinho,

Mostrando qui ta percisando di proteção,

Na maioria das veiz é tapeação, é armação.



Armação pra conseguí u qui qué,

I agarra u home inté pelo pé,

I u home tonto num si apercebe,

I qui foi preso pela isca, num concebe.



Arguns si deixa arrastá,

Esquecendo qui possui uma famía exemplá.

Qui tem muié, fio pra sustentá,

I vão si deixando enredá.



Num vê qui isso num é amô,

É só interesse enganado.

Adepois, quando passa a ilusão.

Ele se vê envorvido pela solidão.



Tem o lar destroçado,

Qui a ilusão deixou como legado.

Us fio nem siqué lhe arrespeita,

E inté lhe faiz arguma desfeita.



A muié verdadeira dele num qué mais sabê,

A vida novamente junto, já num qué concebê.

I u homem si sente véio, arquebrado,

Num tento ninguém mais ao seu lado.



Pru isso, minha gente, num vamo si embeiçá

Cum muié qui tem meiguice nu falá,

Pruque, às veiz, é cobra traiçoeira,

Qui prepara o gorpe, zombeteira.



A gente só vai conhecê

Adepois de si convivê.

I adepois, num dianta si lamentá,

Nem pedí pru Arto ajudá.



Pru isso, minha moçada,

Vamo fincá u pé na verdadeira estrada

Deixando di lado toda farsa ilusão,

Qui pode machucá u coração.



Vamo obedecê, di Deus, us Mandamento,

A toda hora, a todo momento,

Seguindo us exemplo di Jesuis,

Qui pra verdadeira estrada conduiz.



Luiz Lamas





Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 22/05/1992.

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