terça-feira, 31 de julho de 2012


Luiz Lamas - Caridade é Dar sem Retribuição; Respeito é Nada Tirar dos Semelhantes



Eta gente danada

Qui inda num aprendeu nada,

Qui num sabe só ajudá di coração,

Sem pensá logo em retribuição.



Si fazem um favô,

Si ajudam quem peregrina na dô,

Logo qué sua ajuda cobrá

Di uma forma ou di outra, de jeito peculiá.



O sô, isso num é caridade,

É sim si aproveitá di quem tá sofrendo di verdade,

I, ao invés de mérito angariá,

Tão arrumando débito, qui vão tê qui sardá.



Aquele qui dá, e adepois tira cum outra mão,

Vai tê qui arrespondê pru essa encarnação,

É empacá pru meio da estrada, que conduiz,

Ao regaço di Jesuis.



Quem faiz argum bem, visando tirá proveito,

Adepois de desencarná, vai ficá sem jeito

Di vê seus atos todos defraudado

Perante todos Espíritos de Luiz qui si acercá ao seu lado.



Ao fazê caridade, nada si deve cobrá,

Tampouco a infelicidade dus outro si deve aproveitá,

Num desviá u que prus outro foi dado

Com sacrifício e muito cuidado.



Pruque, isso também imprica nu pecado de roubá,

Embora seja di forma indireta, um tanto peculiá,

Num adiantando nem alegá

Qui também precisa de quem venha ajudá.



Nada fica escondido,

Nada du prano espirituar, passa desapercebido,

Inté um arfinete, um pedaço di pão, ou inté mesmo um pedaço de sabão,

Tudo é visto i anotado pelo Arto, sem perdão.



Intão vamo, minha gente,

Procurá agí di forma decente,

Pra mor di podê evoluí,

I em novos débitos num insistí.





O qui não nus pertence, nóis tem qui arrespeitá

Pra mor di, nu praneta, podê ficá,

Pra num sê arrastado di rordão

Pru outro praneta, onde impera a dô cum sofreguidão.



Si tem vontade inté de arguma coisa comê

Si deve pedí, ao invéis de tirá sem os outro apercebê,

Pruque tirá já é roubá,

I adepois num adianta si lamenta.



Mais si deve pedí é pru dono certo,

I não pru assistente mais direto,

Pruque, num agindo assim, vai inté compromete

Aquele qui deu autorização, sem sabê.

Pruque, pru cima dele cai a curpa inevitavelmente,

Du que autorizou, impensadamente.



Si as coisa pertencê a um núcleo, então,

Maió responsabilidade nu ato praticado, sem apelação,

Pois isso implica na ajuda financeira de muito irmão

Qui, às veiz, tira do necessário pra sua própria subvenção.



Aí, então, o jurgamento du Arto atua sem piedade

Pruque foi praticado cum leviandade,

Tendo qui arrespondê perante juiz inclemente

De modo nada benevolente.



Intão vamo, minha moçada,

Formá verdadeira cruzada

Pra mor de mais erro num acometê,

Impedindo a evolução de vosmecê.



Vamo seguí us exemplo de Jesuis,

Contanto sempre cum a Sua Luiz,

Praticando a verdadeira caridade

Cum amô nu coração e sinceridade.



Luiz Lamas





Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 03/04/1992.

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